terça-feira, 31 de julho de 2012

Espinhas: até mesmo em adulto

Espinha pode não dar trégua na vida adulta
Muito comum na adolescência, a acne também costuma se manifestar na fase adulta da mulher, em razão de alterações hormonais, inclusive as provocadas pela Síndrome dos Ovários Policísticos. Nesses casos, as espinhas podem aparecer tanto em quem as teve quando mais jovem quanto em quem não as teve.
As características frequentemente diferem das que ocorrem na puberdade. Em geral, concentram-se na região do queixo e da mandíbula, embora possam aparecer em toda a face.
O quadro pode piorar após o uso de cosméticos, maquiagens e protetores solares inadequados, que provoquem reações indesejadas na pele. Outro fator que influencia são as alterações durante o período pré-menstrual, quando o número de lesões da acne costuma aumentar. “O estresse do dia a dia também parece ter relação, embora atualmente esse fator ainda não seja valorizado cientificamente”, explica a ginecologista Bhertha Tamura, doutora em Dermatologia pela Universidade de São Paulo (USP) e membro da Academia Internacional de Dermatologia Cosmética.
Cuidados
Segundo a dra. Bhertha, também é importante fazer uma avaliação ginecológica completa, incluindo ultrassom e os exames clínico e laboratorial, que vão confirmar se a mulher tem Síndrome do Ovário Policístico – doença ocasionada por variações hormonais e que tem entre seus sintomas o aparecimento da acne. Nesse caso, tratamentos tópicos podem não ser suficientes.
As indicações médicas variam muito de acordo com o caso. Dependem da característica da pele, do quadro da paciente e da causa diagnosticada. É possível usar sabonetes e cremes específicos e, algumas vezes, antibióticos por via oral. O tratamento hormonal também pode ser indicado. “Alguns pacientes respondem somente ao uso de medicamentos tópicos na pele. Outros vão responder somente ao uso de sistêmicos”, compara a dra. Bhertha.
Não espere, porém, que o problema seja resolvido com rapidez, como às vezes ocorre na adolescência. Na fase adulta, o processo tende a ser mais demorado. “A acne vai e volta. Ela responde lentamente ao tratamento e pode durar anos, mesmo com acompanhamento adequado”, avisa a dermatologista.
Na opinião dela, o principal erro que as mulheres cometem é postergar a ida ao médico, muitas vezes alegando falta de tempo, e acabar não tratando a acne. Algumas das consequências são manchas e marcas cuja retirada, depois, é difícil. Portanto, o melhor é combater as espinhas logo no começo.

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